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Da Evidência à Ação: Novos Caminhos para a Saúde Planetária

Coimbra • 18 a 20 de junho de 2026

O GeoSaúde é o Congresso de Geografia da Saúde dos Países de Língua Portuguesa, programado para ocorrer de 18 a 20 de junho de 2026 na cidade de Coimbra, Portugal.

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Inscreva-se para participar. Submissão de resumos ABERTA.

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Eixos Temáticos

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Eixo 1:  Mudanças demográficas, sociais e epidemiológicas

Nas últimas décadas, as sociedades desenvolvidas enfrentam um conjunto de mudanças estruturais com impacte territorial e demográfico, sejam as migrações de natureza diversa (económica, causa ambiental ou política) ou o envelhecimento populacional. O envelhecimento demográfico está associado a um acréscimo de longevidade e a uma redução da fecundidade, bem como à mudança do perfil epidemiológico, gerando novos desafios relacionados com a necessidade de garantir uma sobrevida saudável e com qualidade às pessoas com 65 e mais anos. De igual modo, a gestão dos impactes da morbilidade e da incapacidade em idades mais avançadas, suscitam impactes diversos na saúde individual e coletiva que importa conhecer e responder adequadamente. Este eixo aceita trabalhos sobre: Dinâmicas demográficas e padrões de envelhecimento, Novas necessidades sociais em saúde, Perfil epidemiológico, etc.

Paulo Nossa; Christovam Barcellos; Anabela Mota-Pinto; Carlos Arnaldo

Eixo 2:  Políticas públicas, equidade e desafios para os sistemas de saúde

As políticas públicas desempenham um papel central na promoção da equidade em saúde, especialmente num contexto de transformação dos sistemas de saúde, marcado pelo aumento da procura, pela complexificação das necessidades da população e pela crescente transferência de custos para os utilizadores. A reorganização dos modelos de prestação de cuidados, frequentemente orientada por princípios de eficiência e sustentabilidade financeira, tem gerado novas tensões entre o direito universal à saúde e as lógicas de mercado. Neste cenário, as políticas públicas surgem como instrumentos estruturantes de coesão e justiça social, equidade e solidariedade, pilares dos sistemas públicos. Para tal, torna-se imprescindível discutir uma visão intersectorial e baseada em evidência que (in)forma as políticas públicas de saúde. O reforço da capacidade do Estado na governação dos sistemas de saúde é fundamental para assegurar que a inovação e as reformas organizacionais não comprometam o acesso equitativo nem a qualidade dos cuidados prestados. Este eixo aceita trabalhos sobre: Avaliação de políticas e programas; questões de equidade coesão social; Governança de sistemas de saúde; Custos associados à gestão em saúde; Inovação em saúde, etc.

Eduarda M Costa; Paulo Sousa; Raul Guimarães

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Eixo 3:  Cenários de risco ambiental e impactes sobre a saúde

A discussão sistemática dos diversos cenários de risco ambiental assume uma importância central no domínio da saúde pública, sobretudo num momento em que fenómenos como o aumento dos eventos meteorológicos extremos, poluição e ruído ganham maior visibilidade. Neste contexto, a OMS estima que a consolidação das alterações climáticas poderá conduzir a cerca de 250 000 mortes anuais adicionais entre 2030 e 2050, do stress térmico e de doenças (re)emergentes. A leitura crítica e antecipada destes cenários de risco constitui um imperativo para a saúde pública, porque permite desenhar estratégias de prevenção, respostas rápidas e resilientes que devem mobilizar territórios, abordando diferentes escalas — local, regional e global. Este eixo aceita trabalhos sobre: Riscos climáticos; Impactos de eventos extremos; Vulnerabilidade ambiental; doenças (re) emergentes.

João Vasconcelos; Helena Madureira; Bernardino José; Núbia Armonde

Eixo 4:  Planeamento urbano saudável: uma abordagem territorial à saúde em todas as políticas

A melhoria da qualidade de vida das populações é hoje um desígnio central das políticas urbanas, regionais e ambientais. No contexto atual de urbanização acelerada, e de desigualdades territoriais, torna-se imperativo promover cidades e territórios que integrem a saúde como dimensão estruturante do planeamento e da governação. O planeamento urbano saudável propõe uma abordagem territorial à saúde, articulando princípios de equidade, sustentabilidade e bem-estar. Assenta na perspetiva de “Saúde em Todas as Políticas”, reconhecendo que as decisões tomadas nos domínios do urbanismo, da habitação, da mobilidade, da energia, do ambiente ou da economia têm impactos diretos e indiretos na saúde das populações. A complexidade das interações entre fatores físico-ambientais, socioculturais, económicos e psicológicos exige abordagens transdisciplinares, sustentadas em processos participativos e colaborativos que envolvam decisores políticos, técnicos, investigadores e cidadãos. Este eixo aceita trabalhos sobre: Planeamento e promoção da saúde; Estratégias de adaptação climática; Saúde em todas as políticas; Avaliação de impactes na saúde.

Nuno Marques da Costa; Ana Louro; Flávia Oliveira; Lígia Barroso

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Eixo 5:  Literacia em saúde, saberes tradicionais e ciência cidadã: caminhos para uma saúde participada

Promover a saúde e o bem-estar das populações exige abordagens que transcendam os modelos biomédicos convencionais e valorizam a participação ativa dos cidadãos na produção, partilha e aplicação do conhecimento em saúde. A literacia em saúde constitui a base de uma cidadania informada e autónoma, permitindo que indivíduos e comunidades compreendam, avaliem e utilizem informação para tomar decisões conscientes em saúde. Promovê-la implica não apenas transmitir conhecimento científico, mas também criar condições sociais, culturais e comunicacionais que favoreçam o acesso equitativo à informação e o fortalecimento da capacidade crítica dos cidadãos. A valorização dos saberes tradicionais surge como um complemento essencial. As práticas e conhecimentos locais, resultantes de experiências intergeracionais e de uma relação profunda com o ambiente, representam formas legítimas e eficazes de cuidar, prevenir e promover a saúde. Integrar estes saberes com o conhecimento científico contemporâneo permite reconhecer a diversidade epistemológica e construir abordagens mais sensíveis aos contextos culturais e territoriais. A ciência cidadã em saúde, por sua vez, oferece um enquadramento metodológico para envolver ativamente as populações na investigação científica, seja através da recolha de dados, da cointerpretação de resultados ou da formulação de políticas públicas. A convergência destes três eixos permite desenvolver novas formas de governação participativa da saúde, promovendo territórios mais resilientes, inclusivos e saudáveis. Este eixo aceita trabalhos sobre: Literacia em saúde; Políticas inclusivas; Integração de saberes na saúde; Investigação participada e ciência Cidadã; Comunicação em saúde, etc.

Francisco Mendonça; Eva dos Santos; Martha Priscila; Patrícia Abrantes

Eixo 6:  Inteligência geográfica, modelação e sistemas de apoio à decisão

A modelação e a qualidade da informação emergem hoje como fundamentos do uso de ferramentas como os Sistema de Informação Geográfica (SIG), instrumentos cuja interação com a geografia não só fortalece metodologias de análise espacial como também abre novos domínios de investigação e intervenção. Na investigação em saúde, os SIG permitem a construção de mapas, modelos e visualizações que integram dados epidemiológicos, ambientais e socio-espaciais, assumindo um papel central no apoio à tomada de decisão em múltiplas escalas. A conjugação de dados geolocalizados, modelação de cenários, técnicas de análise espacial e sistemas de suporte à decisão, desenvolvem ferramentas de suporte à complexidade dos sistemas de saúde

contemporâneos. É essencial que, no âmbito dos sistemas de saúde se invista na construção, manutenção e promoção de bases de dados robustas, interoperáveis e de elevada qualidade, que suportem modelações robustas e sistemas de apoio à decisão que tornem visíveis, quantificáveis e operacionalizáveis os riscos, as desigualdades e os fluxos de intervenção. Este eixo aceita trabalhos sobre: Modelação e análise espacial em saúde; Sistemas de apoio à Decisão; Interoperabilidade e Sistemas de informação em saúde; Cartografia em Saúde, etc.

Paulo Morgado; André Luiz Sá de Oliveira; Maria de Fátima Pina; Helen Gurgel

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Eixo 7:  Desafios de Saúde Global em territórios interconectados

A Saúde Global, enquanto campo de conhecimento e ação, propõe uma abordagem integrada aos desafios contemporâneos que ultrapassam fronteiras geográficas, disciplinares e institucionais. Entre estes desafios, destacam-se a segurança alimentar, a prevenção de zoonoses e o controlo sanitário de viajantes e turistas, dimensões que, embora distintas, partilham uma mesma base de interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental. Num contexto de globalização das cadeias de produção e distribuição, o controlo sanitário e ambiental dos sistemas alimentares torna-se indispensável, associando-se à prevenção de doenças de origem animal, amplificadas pela intensificação agrícola e pela mobilidade global. Reconhece-se que a proteção da saúde humana depende da vigilância sanitária e ecológica e da gestão sustentável dos ecossistemas. O controlo sanitário de viajantes e turistas, por sua vez, assume particular relevância num mundo cada vez mais interligado por fluxos de pessoas, bens e informação. Este contexto de elevada interconexão impõe negociações e ações através dos quais os Estados, as organizações internacionais, a sociedade civil e outros atores globais cooperam para promover a saúde pública a nível mundial Este eixo aceita trabalhos sobre: Novas abordagens em saúde global; Respostas a emergências em saúde; Políticas globais de sustentabilidade em saúde; Pegada ecológica em saúde, etc.

Helena Nogueira; Maria do Céu Sousa (Farmácia); Paulo Peiter; Eduardo A. W. Ribeiro

Eixo 8:  Infraestrutura urbana e ambiental construída

Atualmente, algumas das questões académicas e políticas mais urgentes estão relacionadas com o ambiente, a sustentabilidade, a saúde e o bem-estar da população. A evidência científica demonstra que é imperativo integrar as dimensões do ambiente construído nas estratégias de promoção da saúde. Este eixo temático propõe-se explorar o papel do ambiente construído na saúde física

e mental das populações, destacando a importância do desenho urbano, do acesso a espaços verdes e públicos de qualidade, da mobilidade ativa e inclusiva, da eficiência energética, da mitigação das ilhas de calor, da habitação digna e da coesão social. Serão igualmente abordados temas como as infraestruturas verde e azul, as soluções baseadas na natureza, a mobilidade urbana e o ambiente alimentar, reconhecendo que estes elementos são fundamentais para a construção de territórios mais saudáveis, sustentáveis e resilientes. Este eixo aceita trabalhos sobre: Impacto das infraestruturas urbanas na saúde; padrões de mobilidade e saúde; Habitação digna; Espaços verdes e soluções baseadas na natureza, etc.

Ricardo Almendra; Rafael Catão; José Aquino; Ana Isabel Ribeiro

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Programa

Dia 18/06

Em breve

Dia 19/06

Em breve

Dia 20/06

Em breve

Mesas Redondas

Em breve

Atividades Sociais

Em breve

Comissão Organizadora

Ana Louro

CEG-IGOT - Univ. Lisboa

Nuno Marques da Costa

CEG - IGOT - Univ. Lisboa

Anabela Mota Pinto

FMUC

Paulo Nossa

CEGOT - FLUC

Claudete Moreira

CEGOT - FLUC

Ricardo Almendra

CEGOT - FLUC

Eduarda Marques da Costa

CEG - IGOT - Univ. Lisboa

Caio Safi

DEPGEOTUR - FLUC

Comissão Científica

Lúcio Cunha, CEGOT – FLUC

Maria de Fátima Pina; Universidade Federal do Rio de Janeiro – BR

Martha Priscila Bezerra Pereira, UFCG – BR

Nuno Marques da Costa, CEG - IGOT- Univ. de Lisboa

Patrícia Abrantes, CEG - IGOT, Univ. de Lisboa

Paula Santana, CEGOT - FLUC

Paulo Morgado; CEG - IGOT; Univ. de Lisboa

Paulo Nossa, CEGOT - FLUC

Paulo Sousa;

Raul Borges Guimarães, UNESP – BR

Rafael Catão, Universidade Federal do Espírito Santo – BR

Ricardo Almendra, CEGOT - FLUC

Samuel do Carmo Lima, UFU – BR

José Aquino – UF Maranhão – BR

Adeir Arcanjo da Mota, UFMS – BR

Ana Louro, CEG-IGOT - Univ. Lisboa

Anabela Mota-Pinto, FMUC

Carlos Arnaldo, Univ. Eduardo Mondelane – MZ

Christovam Barcellos, ICICT, Fundação Oswaldo Cruz – BR

Eduarda Marques da Costa, CEG-IGOT- Univ. Lisboa

Eduardo Augusto Werneck Ribeiro, Instituto Federal Catarinense, SC – BR

Eva Teixeira dos Santos; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – BR

Flávia de Oliveira Santos; Universidade Federal de Uberlândia – BR

Francisco de Assis Mendonça, UFPR – BR

Helen Gurgel; Universidade de Brasília – BR

João Vasconcelos, CEG-IGOT - Univ. Lisboa Bernardino

José Bernardo; Universidade Pedagógica – MZ

Lígia Vizeu Barroso, USP – BR

Entre em Contacto

Para mais informações sobre o GeoSaúde 2026, não hesite em entrar em contacto connosco. A comissão organizadora está disponível para esclarecer dúvidas, fornecer orientações e auxiliar da melhor forma possível.

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